No Parque da Água Branca, onde foram
realizadas as audiências da fase pré-processual na Capital, índice de acordos
chegou a 82,5%
Quem
está acostumado a visitar o Parque da Água Branca (Zona Oeste da capital
paulista) para caminhar, correr, passear, descansar à sombra das árvores, ouvir
o canto dos pássaros ou mesmo para fazer sua leitura preferida, teve contato,
nas duas últimas semanas, com outro visual, muito diferente. A ...
arena, que
normalmente recebe exposições de animais, cedeu lugar a uma enorme tenda
branca, com 32 salas de audiências.
Isso
porque, o parque abrigou, de 7 a 14 de novembro, as atividades da Semana
Nacional da Conciliação, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
para resolver conflitos que ainda não chegaram à Justiça, os chamados casos
pré-processuais. A abertura do evento aconteceu dia 7, no salão administrativo
do parque, com as presenças dos presidentes do Tribunal de Justiça de São
Paulo, desembargador Ivan Sartori, e do Tribunal Regional Federal da 3ª Região,
desembargador Newton de Lucca.
No
parque foram concentrados casos das áreas cível e de família, com a realização
de 946 audiências em que foram obtidos 781 acordos, o que representa um índice
de 82,5%.
A
Semana Nacional da Conciliação contou com atividades em todo o Estado de São
Paulo. No total, mais de 56 mil pessoas foram atendidas durante os oito dias de
mutirão, em 24.489 audiências realizadas, das quais 10.679 resultaram em
acordo, o que significa um índice de êxito de 43,6%, movimentando mais de R$ 46
milhões.
Uma
das novidades deste ano é que as audiências não se restringiram aos dias úteis,
mas também no sábado e no domingo (10 e 11) para atender às pessoas que não
puderam comparecer durante a semana.
Só
nesses dois dias, quase duzentas famílias conseguiram organizar sua vida
durante o mutirão da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano –
CDHU. Foram realizadas 230 audiências na capital e o índice de acordos foi
superior a 90%, que somaram cerca de R$ 1,6 milhão. As dívidas puderam ser
diluídas em várias prestações, com valores compatíveis com a renda de cada
mutuário.
A
conciliadora Ignês Gambelli, que geralmente atua no Fórum de Santana, foi uma
das voluntárias que trabalhou na Semana da Conciliação e ficou satisfeita com
os resultados. “As partes saem daqui orientadas a fazer os procedimentos
necessários para regularizar tudo que estava desorganizado. Por exemplo, há
pessoas separadas que ainda levam o nome do esposo, mesmo divorciadas. Muitos
vão embora emocionados, chorando ao regularizar sua situação”, enfatizou.
Andréia,
por exemplo, ficou casada por 11 anos e há nove está separada. Ela se
credenciou pelo site do TJSP, recebeu a comunicação com data e horário da
audiência de divórcio e saiu feliz por resolver sua situação. O casal colocou
um ponto final em todas as pendências, até mesmo o valor da pensão alimentícia
e a regulamentação das visitas. Com o mandado de averbação em mãos, teve apenas
que levar ao cartório de registro civil, sem dor de cabeça e gastos financeiros
com advogado ou custas processuais.
CASC
- O Comitê
de Ação Social e de Cidadania do Tribunal de Justiça de São Paulo esteve
presente no Parque da Água Branca durante o evento. As funcionárias do setor
divulgaram a Campanha Doar é Legal – A vida é recarregável a todos que
compareceram no local na Semana Nacional da Conciliação. Nesse período foram
registradas 432 adesões à campanha.
NR: Texto originalmente
publicado no DJE de 14/11
Comunicação
Social TJSP –LV (texto)
imprensatj@tjsp.jus.br
Maria da
Glória Perez Delgado Sanches
Membro
Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de
Arraial do Cabo, RJ.
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